terça-feira, maio 31, 2005

Entono de Taita

Patrícios, o tempo por cá anda escasseando, a escapar por entre os dedos, como areia a fugir por seus vãos. É o trabalho daqui, estágio de lá e a vida acaba se transformando numa corrida para um destino que ainda não sei o final. Digo isso porque nesse muito fazer, acabo por tornar o lida irrefletida. Ando quase embuçalado tocado para um lado e outro pelo patrão chamado ativismo. Cuê pucha! Que saudade da campanha, dos tempos onde entre as tarefas sempre tinha um mate, uma prosa. Agora o que faço é botar o buçal, sentar em frente a máquina e tocar ficha. O pior patrícios é que esse estado gera insensibilidade fazendo do mundo, da vida, teclas, programas e labor sem serventia. Ando ensimesmado com isso. Até do Capando, meu local de reflexão, ando desleixado. Contudo, não frouxo o garão e sigo tocando cavalo e quando me percebo embuçalar, redomoneio num entono de taita querendo ser livre, pelo menos para sonhar.

Porto Alegre, minguante de maio.

P.S. Abraço para os cumpadres Maneador, Castrador e Marcador què Dios os bendiga hermanos.

sábado, maio 21, 2005

Já sinto saudade

Hoje um dos comodos aqui de casa ficou vazio. Hoje uma voz calou-se dentro do meu rancho. Meu companheiro Quincas partiu, deixando um silêncio que não sei se vou acustumar. Não sei o que vou fazer nas manhãs quando cevo o mate e não mais ouvirei sua alegria manheira. Se foi, não porque quisesse, mas partiu. A mim ficou o sentimento de tristeza de pelo menos poder ter dito adeus, ou um hasta luego hermano. Imagino que esteja em um lugar mui lindo com campo, aguada farta e lindas manhãs de sol. Quem conheceu o Quincas sabe do que falo. Até um dia amigo em que nos escontraremos e, de novo, vou oyir tuyo cantar. Hasta luego.

Porto Alegre, nova de maio.

domingo, maio 15, 2005

Buenas Muchachos



Sou que nem um desses parentes que moram nalgum rincão distante. Quase nunca aparecem, mas quando dão as caras, sempre trazem algum agrado, uma lembrança, um mimo, como chamavam antigamente, como que para compensar a desfeita de não estar sempre presente, ou mesmo para se fazer sempre presente através do objeto.
Nesse aniversário do Capando, presenteio tanto os amigos e patrícios que nos visitam assim como aos compadres e hermanos desse blog.

Aqui está, entonce, para todos que se apetecem, mais um papel de parede do blog mais campeiro desse universo e de todos os outros.
Basta clicar na imagem acima, baixar a imagem grandota que aparecer, e usá-la para enfeitar o fundo de tela do seu PC ou Macintosh (fica mais bonita no Mac, mas é a vida). Pronto, teu computador está prá lá de macanudo! Pode chamar seus amigos para ficarem admirando juntos a tela do seu PC. Se não baixasse o Wallpaper da faca ainda, entonces aproveita agora, clique na imagem ao lado e complete a sua coleção!

Nessa época de desarmamento, casamento homoafetivo e outras frescuralhadas más, sempre é bom homenagear a velha amiga do gaúcho, que junto da adaga e da faca, foi a ferramenta com que se desenharam as fronteiras desse nosso chão. Esse singelo trabuco, fotografado em uma estância perto da divisa com o Uruguai, foi o sinal de alerta que avisava para muitos "hermanos orientales" que: "Daqui tu não passa vivente!" E assim foi sendo desenhando as tais fronteiras, que na prática impediram que se falasse espalhol nessa terra de Deus.

Que esse governo tome então vergonha na cara e deixe de querer assento na ONU em troca de objetos tão queridos e importantes para a soberania nacional.
Que reine a pistola na cintura, a faca na guaiaca, e o gaúcho no pampa!

Feliz um ano de vida, Capando Touro a Unha

sábado, maio 14, 2005

Um dia, dois sentimentos

Hoje é um dia de muita alegria para nós do Capando, há um ano que estamos no ar. Isso não é coisa pouca, julgando que os blogs na internet têm dois ou três meses de vida em média. São três mil e pico de visitas, muitos chasques, muitos amigos, que só não nomeio por que ia ser um post por demais de cumprido.
Patrícios ao mesmo tempo que estamos pra lá de faceiros, doe-nos o peito, pois hoje é aniversário de falecimento de nosso saldoso César Passarinho.
São, portanto, dois os sentimento que nos tomam neste dia e acho que ele bem ilustrou o que senti. Começou ensolarado quente e agradável; para findar nublado, mormacento e triste.
Felizes e nostálcos nos despedimos.
Até o próximo se Deus quiser.

Porto Alegre, nova de maio.

quarta-feira, maio 11, 2005

O gaúcho, ao SUL

Neste ano que passou por diversas vezes tentei perscrutar a alma do gaúcho, tentando saber dos seus sonhos, suas angústias e outros temas que pensava serem relevantes. Embora muitos na academia tentem dizer que o gaúcho como tal é concebido não passa de um conceito mítico. Citam, por exemplo, Cyro Martins e sua "triologia do gaúcho a pé" Érico Veríssimo e o seu conhecido romance "O tempo e o vento" como expressões dessa demitologização. O fato é que existem idealizações do gaúcho, de seus valores e da sua identidade, mas esse não é padrão que adotei durante o decurso deste ano. Intentei examinar minha identidade, primeiramente, para depois traçar um paralelo com as dos meus patrícios. Como não me concebo sendo um ser mítico, nem tão pouco um ideal percebo que a tarefa foi um tanto histórica, quanto real. Dizer que o gaúcho se descaracterizou por morar nas cidades é uma falácia, argumentar que as tradições e a cultura são produtos dela, também é uma inverdade. O fato é que nossa personalidade foi formada por fatores externos e internos: a situação de fronteira, a economia voltada para o modelo agropastoril, a imigração de livre (alemães, italianos, polacos entre outros) e a cativa (africanos principalmente), nosso forte vínculo com a América Latina, todos esses fatores foram formadores importantes dos fundamentos gaúchos. Daí dizer que o gaúcho perdeu sua identidade não pode ser possível. Mesmo aqueles que não tiveram suas vidas ligadas ao campo foram influenciados por ele, ainda que não sejam descendentes de imigrantes tiveram marcas da imigração. Por isso é que são nossos fundamentos. Não estou de forma alguma fazendo nenhum tipo de apologia a uma raça superior, apenas destacando nossas singularidades. Desses fatos expostos de forma bastante sintética concluo que o gaúcho existe, é real. Cabe ainda refletir sobre as idealizações do gaúcho, mas isso é matéria para outro post.

Porto Alegre, nova de maio.

sábado, maio 07, 2005

Daqui uma semana, um ano

Buenas patrícios, parece que foi ontem que num domingo, de borracheira bárbara, três índios tacos resolveram empeçar um blog mui vaqueano. Assim nasceu o Capando. Esse não é o post que comemora essa data mui importante é apenas para preparar os patrícios.

Mudando de saco para mala, intentei de colocar na nossa comunidade no yogurte de fazer uma festança dos amigos do Capando. Sabe como é tudo é motivo para carne gorda e bailanta. Entonces, se agradar dos patrícios, que vivem em POA, de fazer tal bochincho que mandem um chasque.

No mais, ando tocando cavalo e a dê-lhe xote e dê-lhe trago a moda antiga até o dia clarear.

Porto Alegre, nova de maio.

Mas tche!

Bueno, despues de muito tempo sem bostea..tamos ai de novo.
Muito água correu debaixo da ponte...muito peleia se originou, cagamo muito indio a bala...mas é aquela história não tá morto quem peleia. Viva o Rio Grande do Sul, Viva a Revolução Farroupilha e pela ´Glória do Deus altissimo.
Quebra-costela a todos, repito tamos aí de novo, isto é vortemô!
Marcador