sexta-feira, abril 08, 2005

Horas Silentes

Buenas patrícios. Ando meio relaxado com o Capando nos últimos tempos. Não é por falta de assunto, tampouco, porque este tenha deixado de ser uma das minhas alegrias. Ao certo não sei explicar exatamente o que está acontecendo, talvez esteja passando pelo mesmo problema que assolou o Érico, comparações à parte, eu acho que este tempo de silêncio possa ser um estado do espírito. É como quando no rancho ficamos bombeando de um lado para o outro para tentar encontrar o que fazer. Ou, quando, no alto de uma coxilha, numa mirada para o poente paramos sestrosos, tamanha a beleza da criação. Há ainda aqueles momentos de solitude e silêncio, na hora do mate, quando a única prosa que empeçamos é conosco mesmos. Hermanos, hay que endurecer, mas perder a ternura jamais. Esses espaços silentes são quando paro e sovo o lombilho recém comprado. No começo incomoda, contudo depois fica de mi flor e as idéias são assim: quando nascem dentro do peito demoram para tomar cancha. Penso que seja isso, tenho muitas delas querendo romper o alambrado. Por enquanto, fico madurando as que tenho comigo, para um dia talvez as escrever.

Porto Alegre, nova de abril

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