terça-feira, setembro 21, 2010

Aquerenciado

A coisa mais triste de ser um bageense aquerenciado nos EUA é ver os americanos fazer o tal do barbecue. Tanta carne buena sendo estragada quando se coloca o tal do "barbecue sauce" ou "molho de barbecue" em cima do assado. Pra mim colocar barbecue sauce ou ketchup com mostarda não tem diferença. É o mac churrasco que revolta o estômago.

sexta-feira, setembro 10, 2010

Oigalê

Tamo vivo e camperiando mundo á fora. O Curador casou e continua falando bobagem; o Marcador e pai de uma prendazinha linda e ta esperando mais um rebento, tomara que seja guri para balancear as parceria de truco em casa, mas o que vier praquele sem vergonha tá bem. O Maneador virou professor universitário e se bandeou para o Pará, não sem antes arranjar uma prenda para levar de esposa para as terras estranhas e inóspitas do norte. E eu, Castrador, foi o que chegou mais longe de todos, pelo menos geograficamente, me mudei para a Califórnia, terra da minha prenda, e ando chamando mexicano de Castelheano.

Um abraço de volta e meia para todos vocês.

terça-feira, setembro 30, 2008

Passou a semana farroupilha, e os amigos que porventura vieram a visitar o blog, puderam perceber que nada aqui foi escrito sobre tal evento, aliás, os postes andam escassos há bastante tempo. Acho que isso, em parte, é por conta das coisas que tenho pensado sobre a cultura gaúcha e o que o mercado tem feito dela. Se votarmos dez anos vemos que o espaço na mídia para grupos de música tradicionalista era infimo, me recordo de dois apenas, hoje somo mais de 5. E posso afirmar sem sombra de dúvida que a qualidade destes são, no mínimo, quetionáveis. É claro que não sou ingênuo para culpar apenas os ditos "programas capeiros", sei da influência da música em nossa cultura e da ascensão de certos grupos, por assim dizer, pouco ortodoxos. No entanto, esses não são os principais vilões da péssima qualidade dos artefatos culturais produzidos cá no estado. Evidentemente que não tenho resposta para a pergunta que quer apontar os culpados, apenas tenho uma pista, acho que esses queras descobriram que ser tradicionalista dá dinheiro e que os bombachudos por aí, na sua maioria, não se importa muito com a qualidade do que ouve, ou vê, basta que tenha bom ritmo, harmonia simples e fale - de preferência - de cavalo, baile ou borracheira.

Bueno, se alguém ainda lê o Capando, mando um abraço largo.

Porto Alegre, nova de setembro.

sexta-feira, agosto 15, 2008

Oigalê! Hoje, voltando da venda, vi um índio, até periga a verdade, de moto - detalhe - com um pelego sobre o assento. Ah, havia esquecido... pilchadito, no más.


Porto Alegre, nova de agosto.

Dê-lhe cachorro loco!!!!

sexta-feira, junho 13, 2008

A volta, de novo

Buenas, patrícios
Após alguns posts aqui no Capando a indiada voltou a se pronunciar, cosa que eu acho buenaça, pois pensava que tinhamos caído no esquecimento por conta da não-atualização do blog. O fato de não termos mais postados tem motivos diversos, que não cabem aqui, mas o retorno é sempre bueno, inda mais quando se percebe que o pessoal continua cruzando por cá as vezes. Seja por motivos terrunhos, como diria o tio Glênio Fagundes, ou por não ter o que fazer mesmo - já que as vezes sai alguma patacoada por aqui que até é motivo de graça. Entonces, continuamos nessa lida. Vez por outra deixamos algum post como regalo. No mais, andamo tocando cavalo.
PS. Quem sabe a tigrada do Capando não se aventura e produz um novo podecastrá?!

Porto Alegre,minguante de junho.

sexta-feira, junho 06, 2008

Notícia triste

Estou bravo como touro laçado pelas bola! Li agora a pouco na ZH que em SC, mais conhecido Balneário Sul-Riograndense, que uns magrinho espancaram um Gaúcho de Sarandi, aquerenciado por lá, só porque o índio tava pilchado. Barbaridade! Condeno covardias de qualquer tipo, inda mais quando elas se dão por mero preconceito ou ignorância. Uma coisa é achar que nossas idumetárias típicas são "fantasias", outra é desrepeitar e agredir quem as usa. Espero que o qüera sobreviva e bem.
Porto Alegre, nova de maio.

sexta-feira, maio 30, 2008

Dá-lhe frio!

Buenas, patrícios.
Enfim, o frio. Eu andava meio ensimesmado com as previsões de tormenta e neve, mas, embora com atraso, o tal frio chegou. E veio botando com os dois pés nos peito! Alas fresca! Mais uma coisa: a gurizada anda visitando valendo o Capando, mas os comentários, nada.
Porto Alegre, quase nova de maio.

terça-feira, maio 27, 2008

Mais uma do papado tradicionalista...

"Ao cumprimentá-lo, vimos pelo presente informar à Vossa Senhoria, que o Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG – tem a obrigação de preservar as tradições gaúchas e o dever de cumprir e fazer cumprir a Lei N° 12.567 que regulamenta os rodeios. Por issonão reconhece o 28° Rodeio de Osório, que se realizará nos dias 25 de maio a 1° de junho do corrente ano, pelo fato de que este evento não se enquadra nas normas e regulamentos desta Federação, no que se refere as apresentações contratadas para o mesmo e à comunicação do evento aos órgãos competentes, com 45 dias antes da sua realização" Fonte: Blog Roda de Chimarrão, ZH, Porto Alegre.

Será que eles ainda não perceberam que tradicionalismo também dá dinheiro!?

Porto Alegre, cheia de maio. 

sexta-feira, maio 23, 2008

Sobre tradicionalismo e blogues

Buenas patrícios!
Despoes da ressolana de hoy, que me deixou meio baleado, resolvi depois de ler alguns blogues - cosa que não fazia há muito tempo - provocar um pouco essa indiada. Bueno, o que vejo na maioria dos blogues tradicionalistas é informação: datas de shows, festivais, rodeios e assim por diante, difícil mesmo é encontrar alguém que escreva algo de fundamento. Postar músicas, poesias e crias alheias é mui fácil, complicado mesmo é botar a cabeça pra funcionar e tentar produzir algo que possa contribuir para o tal "universo online". Creio que não seja apenas uma pretenção sonhadora, mas um intento que produziria uma reflexão e, talvez, um refinamento do que chamamos "cultura criolla". Aticei o bespero. ahora é com ustedes.

Porto Alegre, cheia de maio.

terça-feira, maio 20, 2008

Cuê pucha!

Buenas, patrícios!
Dizem que se o cavalo passa encilhado temos de montar, não sei bem ao certo se a máxima é verdadeira, o que me intriga é se o dito cujo "alimal" não cruza. Mais do que um desabafo é uma constatação de que, para a alguns, a presença desse maleva não ilusão. Que fazer? Bueno, alguns podem criar seus próprios potrilhos para, depois de muita luta, poderem montar, mas isso também muitas vezes não é possível. Fico sem resposta e se posto aqui é para, talvez, clarear as idéias.
De volta à lida um tanto encimesmado.

Porto Alegre, cheia de maio.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Bueno, segundo diz o meu avô "o homê vale pela palavra que tem", eu não poderia ir contra o que aprendi com ele. Por isso, mas não só, resolvi escrever um pouquito, enquanto tenteio um mate e um costilar de ovelha, que pinga graxa dentro do forno do fogão - infelizmente, ainda não tenho um fogo de chão na sala do apartamento. Também ninguém mandou vir morar na capital! Patrícios, encero agora, poes perciso temperar a ovelhita.

Porto Alegre, nova de novembro.

terça-feira, outubro 16, 2007

Ao retorno

Bueno, se vão cinco meses sem postar, mas tamo vivo. Não tem desculpa, embora esteja chovendo eitos. Mas que fazer!? Acho que alguns visitantes do Capando insitiram por meses e não encontrando nada, desistiram. Mas como quem tá vivo sempre posta, vortemô. Entonces, espero voltar a escrever com mais afinco... Quebra-costela a todos.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Notícias do Sul

Mais atrapalhado que bolacha em boca de desdentado é assim que ando...

Porto Alegre, nova do fevereiro.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Que pressa tamanha têm meus dedos por esses tic-tacs do teclado? É porque pensam coitados, que o barulho se assemelha a algo que troteia. Um potro, quem sabe. E, por isso, correm nessa ânsia louca, imaginando que estão indo ao encontro de alguém. Será que é por serem cegos que se comportam de tal forma!?

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Olha o cuião de toro....

Bah, mas faz falta uma bailanta aqui na capital de todos os gaúchos.
Faz falta aquela charla campeira regada a mateaços, prosa e pura empulhação.
Mas que saudade do galpão onde nos reuniamos em derredor de uma costela gorda, muy gaucha.
É os dias passam, o tempo se revesgueia e nóis vamos crescendo as unhas, só cozinhando o touro com os zóio, uma hora ele passa a lo largo, os taura se grudam no muque, o demônio caiu touro e levanta boi.
Abraço Largo,
Marcador.

sábado, janeiro 13, 2007

O Tempo

O tempo anda solito, procurando alguém que o acompanhe, pois todos o acham mui difícil de conviver. Mas isso não é de hoje, há muito que o pobrezito anda de rusga com o pessoal: uns a reclamar de sua pressa em resolver as coisas, outros da lentidão com que se arrasta em determinados assuntos. Por conta disso, o infeliz vaga a procura de alguém. Outro dia encontrou um velho sentadito num cepo, pitando e foi se chegando... bueno, o resto da história é trágico, pois o velho tomou tamanho susto que ficou ali mesmo, para sempre... mas o tempo tem medos, um deles é desse tal "para sempre" e isso é rusga antiga: embora um não vive sem o outro, não se falam nem de brinquedo... assim, segue ensimesmado o velho-novo tempo, sempre a pensar sua sina ingrata de marcar os dias, horas, séculos, décadas... sem saber porque alguns o consideram seu maior inimigo.

domingo, dezembro 31, 2006

FELIZ ANO NOVO!!!

Bueno, patrícios não vou fazer nenhuma retrospectiva do ano, ou coisa parecida. Simplesmente, porque passou: desencilhado, o cavalo velho é largado no campo pra que passe seus últimos instantes a pastar...
Cruzei por cá somente para desejar a toda família Capando Touro a Unha, ficou bonito isso, um FELIZ ANO NOVO e, como diz o cumpadre maneador, sucesso na carreira...

Porto Alegre, nova de dazembro.

terça-feira, dezembro 19, 2006

O que ocorre no Rio Grande do Sul parece estar indicando que, atualmente, para os gaúchos, só se chega a ser nacional através do regional, ou seja, para eles só é possível ser brasileiro sendo gaúcho antes. A identidade gaúcha é atualmente resposta não mais nos termos da tradição farroupilha, mas enquanto expressão de uma distinção cultural em um país onde os meios de comunicação de massa tendem a homogeneizar a sociedade culturalmente a partir de padrões muitas vezes oriundos da zona sul do Rio de Janeiro. (Ruben Oliven, A Parte e o Todo: A Diversidade Cultural no Brasil Nação. p. 128)

domingo, dezembro 17, 2006

Embora meu sangue seja azul, não posso deixar de parabenizar os meus cumpadres colorados: Castrador e Marcador. Parabéns!

Porto Alegre, nova de dezembro.

quinta-feira, novembro 23, 2006

Mas não é que o índio só precisa de um empuranzito pra começar a charlar de novo. E eu que pensei que a tigrada, como diz o nosso ilustre Maneador, tinha se bandeado deste espaço. Entonces, bamô combiná o seguinte: ustedes não reclamam mais e eu das vez em quando coloco um post. Alas fresca! Grossura pouca é bobagem!

Porto Alegre, nova de novembro.

sábado, novembro 18, 2006

A chuva miúda tomou conta de Porto Alegre nesta manhã de sábado. E achei bueno, umas quantas veiz. Depois daquela ressolana de quarta e quinta-feira, não hay índio que fique sem dizer uma meia-dúzia de impropérios. Tenho andado encerrado que nem macau pra engorda, sentadito e estudando que nem um loco, mas fazer o quê!? Por isso, é que me descuidei do Capando, mas como ninguém reclamou... entonces, patrícios é mais ou menos por aí.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Cruz del sur
Daniel Drexler

cruz del sur, ya encontré la salida
descubrí, que es tan simple la vida
no hay problema ni dolor tan importante
que no sea un punto distante
en la inmensidad
cruz del sur

cruz del sur, siempre habrá una salida
si brillás tiene un norte mi vida
no hay problema ni dolor tan agobiante
que no sea un punto distante
en la soledad
cruz del sur

Mui bueno o espetáculo que vimos ontem no Santander Cultural, Daniel Drexler... recomendo!!!

sábado, outubro 21, 2006

De Luz e Sombra

Foi quando a tarde se estendeu lenta e solita
Que o fim do dia entregou toda a sua luz
E se acendeu uma luz escassa, e seus candeeiros
Clareando o rancho, e os dois braços de uma cruz.

Ficaram inquietas e tão móveis sobras velhas
Deixando tudo num silêncio de lamentos
Que a luz da lua percorreu o rancho inteiro
Por rasgos claros, desquinchados pelos ventos.

Ficou a sombra habitando, e seus fantasmas
Qual vultos negros, nas paredes, lentamente
Se escondendo frente aos olhos assustados
De um menino, que fui eu, antigamente!

Assim por tudo a uma sobra transponível
Que só o tempo a decifra, por seus trilhos...
Por isso a cruz abriu seus braços ao menino
Feito um abraço, de uma mãe, cuidando o filho.

Então o rancho foi ganhando claridade
Que iluminou-se pela fé que nos traz calma
E explicou aos olhos claros, que um menino:
Não teme a sombra, quem tem luz dentro da alma!

Porto Alegre, nova de outubro.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Capando Touro a Unha

Aponto na mangueira
Um maleva dum potro,
Inteiro no más,
O Maneador num pronto
Puxou do laço e das maneias:
Que pialo!
Foi num upa e o crinudo já tava maneado
No chão resfolegava

Num grito de ala pucha
Saltando por riba do alambrado
Se apresenta num sapucai.
O Castrador.
Que com habilidade de cirurgião
Desfaz o colhudo
O torna cavalo.

Nem bem a sanguera estancou,
Num upa e se bamô,
Com maestria dos que dominam a lida:
O Marcador
Põe na anca do malacara
As três letras das iniciais.

É quando aponta,
Curvadito no más,
Com jujos e manhas
Chega o Curador.
Estanca a sangria
Benzendo o maula, despoes.


Miram-se os quatro:
São trança do mesmo tento
Parceros pra toda lida.
E por isso que todo o dia
Teimam tanto em pelear.

Porto Alegre, nova de outubro.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Una virtud de mi protector me fue revelada en las tranquilas pláticas de fogón. Don
Segundo era un admirable contador de cuentos, y su fama de narrador daba nuevos prestigios a su ya admirada figura. Sus relatos introdujeran un cambio radical en mi vida. Seguía yo de día siendo un paisano corajudo y levantisco, sin temores ante los riesgos del trabajo; pero la noche se poblaba ya para mí de figuras extrañas y una luz mala, una sombra o un grito me traían a la imaginación escenas de embrujados por magias negras o magias blancas.

Porto Alegre, nova de outubro.

sábado, setembro 30, 2006

Entocado em casa. Bombeando pela janela e achando que a lida não tem muita serventia as vezes. Nenhum verso novo, as músicas que oiço são as mesmas, também. Bueno, mas amanhã tem carne gorda mal-assada no rancho de Castrado e isso é macanudo. Bamo, colocar a conversa em dia e tomar uns trago, felizmente. No mais, ando tocando cavalo.

Porto Alegre, nova de setembro.

segunda-feira, setembro 25, 2006

Ando escrevendo poucas coisas de próprio punho no Capando, por faltar tempo, tanto quanto vontade. Mas algumas vezes bate uma saudade de trançar um tento e cá me ponho eu a charlar um pouquito. Nos últimos dias o tempo tem corrido largo, gostaria de saber quem foi que formou esse maldito parelheiro para correr tanto assim!? Bueno, outubro já está escarciando e eu tentando puxar o freio de setembro ainda. Mas como esse malacara não é bueno de boca, vai que é um tiro. Os contos do Silva Rillo têm sido a diversão que me tenho dado, embora eles sejam meu objeto de estudo para uma comunicação em uma jornada. No mais, os cavalos é que andam a me tocar... quem mandou encilhar um desdomado!?

Porto Alegre, nova de setembro.

domingo, setembro 24, 2006

Pedro Osório 2016 - Cidade Candidata

Kledir Ramil

Só porque vai sediar o Pan, o Rio quer também organizar os Jogos Olímpicos de 2016. Não sei quem toma essas decisões, mas gostaria de apresentar uma proposta: a candidatura da cidade de Pedro Osório. Nada mais justo do que homenagear esse município que traz na sua origem o nome de Vila Olimpo. É uma cidade predestinada.

Nós, os gaúchos, somos o povo mais preparado para sediar os jogos, se levarmos em conta alguns fatores. Por exemplo, a tocha olímpica. Ninguém sabe fazer um fogo como nós. Qualquer índio velho junta umas achas de lenhas, acende um fósforo e pronto. E aí, aproveita o braseiro, enfia um naco de picanha gorda no espeto... Não há dúvida, seria uma olimpíada inesquecível.

É claro, teríamos que fazer algumas adaptações. As modalidades de esportes precisariam incorporar jogos com características mais regionais, como a Bocha, o Truco e o Jogo do Osso. O espírito olímpico do Barão de Coubertain - "o importante é competir" - teria que ser alterado para alguma coisa do tipo "não te fresqueia, bagual".

O Boxe poderia ser substituído pela Briga de Baile, mais emocionante. Só termina quando alguém abre a cabeça do outro com uma garrafa de cerveja. Nas artes marciais temos a Queda de Braço e a Guerra de Bosta. Tênis de Mesa, o tal do Ping-Pong, pra nós é jogo de criança. Já que tem diversão pra gurizada, podiam incluir também Bolinha de Gude, Pandorga e Bodoque com Caroço de Cinamomo. Arco e Flecha é barbada, é coisa de índio. A gente mexe com isso desde o tempo dos guaranis. E esse negócio de Ciclismo é passeio de bici. Vamos botar as mulheres pra disputar com eles. Agora, aquela corrida esquisita em que os homens ficam se requebrando com passos de mulherzinha, está proibida.

Natação terá Nado de Costa com Poncho em Açude, esporte para poucos. Hipismo vamos manter, o que não falta é cavalo pra Cancha Reta. Tiro ao alvo também, mirando uns maçanicos do banhado. A Esgrima vai usar adagas de verdade e não aqueles arames fininhos, sem graça. E se tocarem uma rancheira, melhor, a coisa vira Dança dos Facões.

Futebol será o de Campanha - com bota e espora - para se adaptar às condições do estádio, que durante a semana funciona como pastagem para o gado. A Ginástica Olímpica será substituída, com vantagens, por Chula e Chimarrita. E vamos promover alguns esportes até então considerados menores, como Cuspe em Distância, Peteleco e Halterocopismo.

Tudo isso sem falar da festa de abertura: som de 300 bombos legüeros, apresentação de Gisele Bündchen... E por aí vai. Vamos amadurecer a idéia. Não quero cantar vitória antes do tempo.

Porto Alegre, nova de setembro.