sexta-feira, dezembro 16, 2005

Muy Hermosa

Al Otro Lado del Río

Jorge Drexler


Clavo mi remo en el agua
Llevo tu remo en el mío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

El día le irá pudiendo poco a poco al frío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

Sobre todo creo que no todo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima y yo, soy un vaso vacío

Oigo una voz que me llama casi un suspiro
Rema, rema, rema-a Rema, rema, rema-a

En esta orilla del mundo lo que no es presa es baldío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

Yo muy serio voy remando muy adentro sonrío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

Sobre todo creo que no todo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima y yo, soy un vaso vacío

Oigo una voz que me llama casi un suspiro
Rema, rema, rema-a Rema, rema, rema-a

Clavo mi remo en el agua
Llevo tu remo en el mío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

Porto Alegre, nova de dezembro.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Enquanto caminhava pelo trilho que ia dar na estância, pensava na vida: seria a existência uma sucessão de fatos sem propósito, nem finalidade!? Não era sempre que ele peão sem estudos parava e refletia sobre as razões que o botaram neste mundão de meu Deus. No entanto, alguns fatos o levavam para mui longe em um lugar onde via-se e reparava que não era aquilo que julgava ser. Lembrava bem do dia em que a fome maleva levara seu filho menor e com entono e raiva erguera as mãos para o céu gritando: Deus por que ele e não eu? Mas, muito antes disso já havia visto a morte de pertinho. Foi quando seu velho tata fora deixado na porta de casa, com um buraco de bala no peito, sangrando feito um porco. Nos olhos lívidos de seu pai pode contemplar a morte bem de perto, olho no olho, cara a cara. Desde esse dia tornou-se sombrio, com sede de vingança. Agora já velho e despilchado via lá atrás somente um vulto escuro, difuso daquilo que realmente fora. Dura é a sorte daqueles que peleiam solitos. E mais rija ainda é a daqueles que brigam consigo, contra seus medos e inseguranças. Tinha que continuar firme como cerne de pau-ferro, pois tinha a Maria e os guris que de tão pequenos e locos de fome não iam entender as fraquezas do pai. E o trilho cada vez mais estreito da mesma forma as respostas se estreitavam, uma espécie de corredor, mangueira, o levando a pensar na maldita vida. Nunca chegara ao fim dos seus pensamentos, embora chegasse no costado ? via apenas bem distante de si, como que envolta por uma neblina, a morte. Mas não conseguia acreditar que seria ela o fim. De uma idéia fizeram-se muitas e tantas que já pareciam a folharama que as tormentas levantam nos dias de chuva. Só que ao invés de folhas leves pareciam bruacas carregadas de pedras e postas todas nas suas costas. Num repente parou, olhando na volta viu que o seu derredor mudara ? as cores se foram, as plantas murcharam e o sol escureceu ? e por um instante ficou sem saber quem sofria mais ele ou Aquilo que a sua volta condoía-se com sua desgraça. Neste momento pode sentir consolo e, talvez, Aquilo, que tanto sofrera com ele, pudesse se chamar Esperança.

terça-feira, dezembro 13, 2005

Chinoquinha....

Buen, como mis cumpadres do blog, repito: faz tempo que não charlo com ustedes. Dios tem sido bueno com nosotros. Tem posto bóia na mesa, arreglado a alma para junto de si, acolherado este espírito sestroso e caborteiro numa mansidão lobuna. Uma buena nova, minha filhote está chegando. As regras da prenda se foram, e o tempo das esperas é cada vez menor. Que buen poder enxergar a caminhada do tempo...quebra costela, hasta siempre!

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Repost

As vezes penso muito sobre determinado assunto sem chegar a conclusão alguma. Noutros a respostas vêm quase que instantaneamente. As primeiras me fazem ficar trocando orelha por dias e dias. Mas, não desisto da empreitada e se a resposta parece agora somente com um vulto, mais tarde pode se tornar como um umbu.
E, patrícios, esse ciclo de dúvidas e respostas não me entediam, ainda paro na beirada de uma sanga e me deixo ficar só por vê-la correr, e que meteia na sobra da figueira grande bombeando o campo, o gado, as ovelha... Se não paramos as vezes para nos fazermos algumas perguntas, e que só nós podemos responder e mais ninguém, talvez passemos por esta campereada sem perceber qual o sentido da vida.
Seguindo nesta sina de andejo, repontado meus pensamentos rumo a estância que me tem preparado o Patrão de nossotros todos que habitamos cá em baixo, troteio com esperança e da esperança tiro o sonho.

Porto Alegre, nova de dezembro.