quinta-feira, janeiro 06, 2005

La luna

Patrícios, já faz alguns dias que não posto nada no Capando é que a seca que assola o sul do continente também, ao que parece, bateu nas idéias. As novidades são poucas e não muito boas e talvez por isso não as queira contar para ustedes.
Sei que é mais difícil escrever quando se perde o ritmo de produção, principalmente eu que escrevia posts diários, mas para empeçar esta lida basta organizar uma ponchada de idéias e botá-las acolheradas aí no blogue. Quem lê o Capando há mais tempo sabe que as coisas ali variam, mais ou menos, como as estações do ano ou como as fazes da lua. Isso tem lá os seus benefícios, contudo nem sempre se consegue ser constante este cambiar de las lunas. Penso que já faz um tempo que a lua é nova: escura, monótona e triste por estas bandas. E me pego as vezes pensando; porque não mudar!? Ora, se fosse tão fácil alterar as coisas nesta vida, a vida não seria vida, seria - como diz o Maneador - um pacote de quisuco. Mas o lua nova tem de passar, assim como passam as tempestades e as estações das secas, e quando chegar este dia será mui bueno. E enquanto espero preparo as coisas para quando este dia vier. É como se guardasse um par de botas ansiando pelo dia do baile onde iria calça-las, ou aquele baú cheio de bugigangas que não se usa normalmente, mas que se tira o pó e da uma mirada de quando em quando para no momento certo não falharem ou estarem estragadas. Assim então espero que a lua cheia chegue de novo no meu rancho. Trago a guitarra bem afinada e o mate sempre novo, para que quando ela chegar se sinta em casa e queira se aquerenciar. E, quem sabe, de tão faceira convide as estrelas para por aqui também ficar. E sempre haverá lua, e estrelas, e milongas numa noite eterna feita somente para cantar e sonhar.
Porto Alegre, minguante de janeiro de 05.

Nenhum comentário: