terça-feira, outubro 04, 2005

Sobre tormenta e viveres

Não sei se os patrícios já tiveram idéias como tormenta, mas é exatamente o que tem me acontecido nos últimos tempos. Elas vêm num rompante de ventania, derrubam árvores, destelham casas e por vezes, não poucas, deixam desabrigados: nesse caso eu. Quando passa a ventania e chega a bonança só me restam escombros do que foi outrora uma idéia. Me sobra apenas, neste caso, juntar os cacos tentando identificar algo que já fora meu anteriormente. La pucha! E não pensem que é fácil, pois alguns se encontram a quilômetros de distância do lugar original e, o pior, irreconhecíveis. Pedaço cá, outro acolá num quebra-cabeça pouco prazeroso de resolver. Mas o que fazer? Afinal de contas são meus e se posso reaver algum, mesmo quebrado, vale a pena a procura. Metafórico, ou não, esse post diz bem o que estou sentindo nestes últimos tempos e se o rancho continua em pé é porque o esteio é firme.
Agradeço muito se os patrícios encontrarem por aí algum dos meus víveres, não peço que me restituam, apenas que façam bom uso, talvez melhor do que eu mesmo faria.

Porto Algre, nova de outubro.

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