quarta-feira, dezembro 01, 2004

Letraiada Redonona

Hoje as letras estão redomonas. Não hay quem as embuçale. Se largaram a la cria, e eu cá neste petiço cansado já não as trago no laço como antes. Como o campo idéia é mui largo se bandearam pro rumo do capão e não tem vivente que tire essa tropilha de letras daí de dentro. O petiço é sestroso e já vem esgualepado de um dia de lida. Que fazer? Desencilho na beirada do capão e espero que saiam. Enquanto não vêm, cevo um mate faço um foguito e pito para espantar a musquitama que se alvorota. Que lida bem braba seu! Ficar embretado por causa de umas letrinhas. Como não hay solução o jeito é esperar, quem sabe a sorte mude e depois da sesteada essa tropa marvada pra mangueira consiga levar. Me lembro certito de cada uma delas: as malhadas são "us", as salinas "as" e assim por diante todo o "abc". Mas de que adianta lembrar se esse praguedo se toco no mato e não há quem tire. Como não ideio nada, é melhor encilhar tocar pro rumo das casa e amanhã madrugadita volto pra, de novo, tentar engarupar uma a uma essa tropilha de letras
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Porto Alegre, cheia de dezembro.

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