sexta-feira, abril 14, 2006

"A cruz? onde já foi!... mas a roseira baguala, lá está! Roseira que nasceu do talo da rosa que ficou boiando no lodaçal no dia daquele cardume de estropícios?
Vancê está vendo bem, agora?
Pois é... coloreando, sempre! Até parece que as raízes, lá no fundo do manantial, estão ainda bebendo sangue vivo no coração da Maria Altina..." (Simões Lopes Neto, Contos Gauchescos
)

Tentei lembrar de algo na literatura gaúcha que lembrasse esse dia sacrífico... Maria Altina não é a analogia que quero, mas a roseira. Pois foi daquela rosa já morta que nasceu uma nova planta viva, cheia de viço: da desgraça brotou um renovo, da miséria algo que enfeita e trás beleza.
É assim que eu quero lembrar esse dia, mas não somente hoje....

Porto Alegre, cheia de abril.

Nenhum comentário: