segunda-feira, abril 03, 2006

Sumo de Mim

Túlio Urach e Ângelo Franco / Pirisca Grecco

Eu sou escravo das patas do meu cavalo
Onde elas batem também bate o meu destino
Vou feito a luz rompendo auroras do futuro
Meu canto é puro, meu galope um desatino.

A fé que trago embandeirada no peito
Torna meu jeito abagualado mais sereno
E o meu sorriso se concebe a cada passo
Quando me alço e de horizontes me enveneno

E hei, vida vê, que sina de louco
Eu falo pouco, paro tanto, que conheço
E tenho visto tanta coisa nesse mundo
Que sei ao fundo o que sou e o que pareço

Pareço o vento sem saber pra onde vou,
Mas chego sempre onde preciso me achegar,
Talvez por força de algum Deus
Peregrino como eu
Ou pelo tino, sumo e volto a me encontrar

Porto Alegre, nova de abril.

Nenhum comentário: