quinta-feira, setembro 02, 2004

Aos mestres

Não são poucas as vezes que tenho ficado impressionado com a capacidade dos compositores gaúchos. De vez em quando penso que o tema gauchismo está mermando, vem uma nova composição, um novo festival e digo pra mim: "Como eu nunca pensei nisto antes!?". Falar de cavalos, de prendas e gauchadas com poesia e originalidade não é para qualquer um, ainda mais, quando o tema é explorado por tantos. E há tanta coisa já escrita, e de grande qualidade, que parece que a nascente de tudo isso pode secar de uma hora para outra. Contudo, ao mesmo tempo que estes temas tão "estáticos" parecem poucos; se assemelham muito a um olho d?água que nunca seca. Encho o peito de garbo para falar que nossa música e nossa poesia nunca findarão, pois reinventam ela a cada dia, reiterpretam ela em cada milonga, transformando em palavras o que existe de mais sublime e genuíno em nossa cultura.
Para aqueles que buscam a cada dia um novo acorde, uma nova rima fica meus mais sinceros agradecimentos, já que é por elas que passa a alma e a essência do povo gaúcho.

Porto Alegre, cheia de setembro.

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