quinta-feira, setembro 16, 2004

Desde guri

Na sexta-feira estarei dando uma palestra em uma escola sobre tradicionalismo e a semana farroupilha. Fico mui honrado de poder levar a esta gurizada um pouco da nossa história e da nossa tradição. Quando do convite me lembrei de quando era criança. A faceirice que sentia por botar a pilcha gaúcha. Do nó que meu avô dava no lenço vermelho, que era dele, e para mim emprestava com muito orgulho. Da bombacha e da guaica. Me lembro também do pezinho dançado com as gurias, da correria atrás das prendinhas para mais uma dança. Me lembro garboso de como meu avô me chamava: aí vai meu gauchão!
Simples são essas lembranças mas que marcaram minha vida de forma indelével. E isso que se faz no colégio nessa época é uma das atitudes mais louváveis. Pois, dá a essas crianças uma identidade, uma pátria, uma raiz. Mais do que uma simples festa como as outras, a semana farroupilha nos colégios rio-grandeses é um marco na vida de muitas crianças. Só tem uma coisa que me tapa de nojo. É quando nossas escolas suprimem datas como esta e função de hallowins da vida.
Mas para aqueles que ainda insistem em preservar o que temos de nosso, nossas raízes culturais, vai meu mais sincero cumprimento e agradecimento. Já que, sem as crianças a tradição não tem futuro. Mil gracias meus patrícios, mil gracias meus ermãos!
Porto Alegre, nova de setembro.

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