quinta-feira, outubro 14, 2004

Esperança

Bueno, depois de um jejum de alguns dias sem escrever, confesso que senti falta. Escrever é um exercício muito interessante para aqueles que têm o hábito. Mas para hoje nada de conto, onde a personagem principal sempre acaba em desgraça - aliás se eu fosse inventava até de fazê analise - vou voltar ao meu velho estilo, aquele que olha para dentro.
Tenho nos últimos dias pensado bastante sobre o futuro, principalmente o meu futuro e o de minha Florecita. E mesmo sendo translúcido o horizonte que miro conservo a esperança, não aquela sega que torna os homens visionários, mas a sadia que consegue, mesmo sem ter os pés no chão, sentir segurança. É como o guri que pela vez primeira arruma os avios de pesca e sai faceiro já pensando na volta, nos peixes, nos causos para os amigos. Ou que tateia no horizonte estrelas sonhando com um mundo encantado. A esperança é de muitas formas, de muitas cores e sentidos contudo, é uma em intensidade de espera: cautelosa e sorridente. Aos que desesperançados vivem sugiro um esforço, principalmente agora quando a pampa renasce, olhe na volta contemple a criança, o nascer do sol, a lua... quem sabe ela brote dentro do teu peito deixando raízes no coração.
Porto Alegre, nova de outubro.

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