quinta-feira, julho 08, 2004

Agente de Bombacha anda esquecida

"Eu me levanto cedo, vou lavando a cara água no fogão, boto o rádio numa FM, dessas que perde por um milongão"
Todos os dia que eu vou para Eldorado, consigo ter vislumbres de campo. São dez, quinze minutos. Quando o ônibus sai da cidade pega a estrada que consigo bombear as poucas parte do bom verde lá de fora. No entanto, são só pequenos momentos de faceirice.
Lá percebo o que a cidade fez com meus patrícios: " que changueiam o pão divino no portal de um cola-fina" assim que vivem tantos que a vida da cidade iludiu. E que agora tem que viver de restos, não consigo compreender o que se passa na mente deste despilchados, mas uma coisa consigo perceber: resignação. Pior que uma realidade cruel e acomodar-se com ela. E viver de desesperança. Queria que juntos pudéssemos pechar futuro, dando-lhe um trancaço fazendo este redomão embuçalado. Todavia, ele que vem manoteando e procurando a volta pra pisar o paisano. Só espero que nao digamos como nos cantam: "O que é da vida? Está cansada. A gente de bonbacha anda esquecida, pelos fundões da estrada.

Hoje me largo ala cria para ver minha Florecita, amanhã posto de Rio Grande.

Porto Alegre, lua cheia de Julho.

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